Quero poder ser capaz
De ser pai também um dia
Ser herói da minha cria
Tal e qual foram meus pais
Aprender como se faz
Fazer minha vida em sua
Reclamar que o sono encrua
Trocar fralda, dar papinha,
Ensinar-lhe sem rodinha
E vê-lo ganhar a rua...
João Pessoa, 26/11/2009.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Mariposa
Como ousas, Mariposa,
em pousar na minha alma?
Em abalar minha calma?
Em fazer tamanha cousa?
Não sabes que a alma humana
é terreno perigoso?
Não te arrisques num pouso
Numa alma tão tirana...
João Pessoa, 23/11/2009.
em pousar na minha alma?
Em abalar minha calma?
Em fazer tamanha cousa?
Não sabes que a alma humana
é terreno perigoso?
Não te arrisques num pouso
Numa alma tão tirana...
João Pessoa, 23/11/2009.
domingo, 22 de novembro de 2009
Sorria!
Quando o tudo for tão pouco
E o detalhe tão robusto;
quando acordar for um susto
e o espelho parecer louco
lembra do sussurro rouco
que a tua pele ouriçava
lembra de quem te amava
de tudo que tu sentias
lembra de como sorrias
quando ele te abraçava
Lembra, mas não com tristeza;
procura aí teu alento
e encontrarás toda a força
pra findar esse tormento...
A vida é um ciclo tão breve
Pra se tornar tão pequena!
Não ache que após a cena
o ator entra de greve.
Triste é quem nunca se atreve,
quem cala na agonia.
É bom chorar algum dia,
isso ensina a aprender
E se a vida te bater
simplesmente lhe sorria!
João Pessoa, 22/11/2009.
E o detalhe tão robusto;
quando acordar for um susto
e o espelho parecer louco
lembra do sussurro rouco
que a tua pele ouriçava
lembra de quem te amava
de tudo que tu sentias
lembra de como sorrias
quando ele te abraçava
Lembra, mas não com tristeza;
procura aí teu alento
e encontrarás toda a força
pra findar esse tormento...
A vida é um ciclo tão breve
Pra se tornar tão pequena!
Não ache que após a cena
o ator entra de greve.
Triste é quem nunca se atreve,
quem cala na agonia.
É bom chorar algum dia,
isso ensina a aprender
E se a vida te bater
simplesmente lhe sorria!
João Pessoa, 22/11/2009.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Borracho
Enche o copo, por favor,
Preciso me embriagar
Quero matar essa dor
Antes dela me matar...
Não deixe o copo secar
Tal e qual meu coração
Murcho desde a audição
Da frase que o condenou
O som do “tudo acabou”
Endoidou minha razão...
Bebo e o copo é minha dor
Que parece não ter fim
A cada gole que eu dou
Alguém o enche pra mim
Mas não vai ser sempre assim
Vou todos copos secar
E a minha dor vai cessar
Num sorriso embriagado
Atônito, amarelado
Antes de enfim desmaiar...
João Pessoa, 20/11/2009.
Preciso me embriagar
Quero matar essa dor
Antes dela me matar...
Não deixe o copo secar
Tal e qual meu coração
Murcho desde a audição
Da frase que o condenou
O som do “tudo acabou”
Endoidou minha razão...
Bebo e o copo é minha dor
Que parece não ter fim
A cada gole que eu dou
Alguém o enche pra mim
Mas não vai ser sempre assim
Vou todos copos secar
E a minha dor vai cessar
Num sorriso embriagado
Atônito, amarelado
Antes de enfim desmaiar...
João Pessoa, 20/11/2009.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
O Auto do Fim
Fiz o máximo que deu:
Inventei um outro eu,
Mas ainda nem assim...
FIM!
João Pessoa, 19/11/2009.
Pabulagem
Quem não tem aquele amigo
que se diz o pegador,
que desconhece o perigo,
mas jura ser o terror?
Diz que manda onde estiver,
que é o bonzão com mulher:
o grande conquistador!
Eu conheço um cara assim,
mas não vou nome citar,
só vou contar-lhes um causo
qu’eu pude presenciar:
um caso de pabulagem,
de contação de vantagem,
que se assucedeu num bar!
Nesse bar tinham três deusas,
umas tás de garçonetes,
das que vendem no balcão
de cachaça a grapettes.
Eram moças tão bonitas,
que ante mesmo às biritas,
eram elas as vedetes!
Pois pronto, foi nesse bar
(esse tal de espaço mundo)
qu’eu ouvi o Dom Juan
usar seu papo profundo...
Um colóquio tão cabeça
que nem qu’eu queira o esqueça
por um único segundo!
Primeiro vou explicar
como ele me contou:
- Cheguei no balcão do bar,
a primeira me olhou...
Eu pedi uma cerveja;
ela disse “assim seja”
e por mim se apaixonou...
- Pediu o meu telefone
segurando em minha mão,
piscou o olho pra mim
e eu pensando “por que não?”;
atendi ao seu pedido
e antes d’eu ter saído
já tinha uma ligação!
E emendando ele me disse
que já tava faturando
aquela Deusa do bar,
que a todos anda atentando.
Vôte, cara pabuloso!
Veio bancar o gostoso
e acabou foi se quebrando.
Pois eu tava no balcão
(ele não me conheceu)
e sem querer eu ouvi
como tudo aconteceu.
Eu não ia nem contar,
mas veio se pabular
e agora se fudeu!
Esse cara abestalhado
ficou por ali bestando
sem ninguém lhe atender
e ele em pé esperando;
olhando pra garçonete,
que só num deu-lhe um bufete
por que tava trabalhando!
Depois de tempos em pé,
encostado no balcão;
gritou por uma cerveja,
Esperou mais um verão,
e quando foi atendido
foi muito bem precedido
da falta de atenção!
A moça nem o olhou,
mas não foi indelicada.
Também nem se o quisera
sendo tão agraciada!
Porém notei que a bebida
que tinha sido servida
não tava muito gelada...
que se diz o pegador,
que desconhece o perigo,
mas jura ser o terror?
Diz que manda onde estiver,
que é o bonzão com mulher:
o grande conquistador!
Eu conheço um cara assim,
mas não vou nome citar,
só vou contar-lhes um causo
qu’eu pude presenciar:
um caso de pabulagem,
de contação de vantagem,
que se assucedeu num bar!
Nesse bar tinham três deusas,
umas tás de garçonetes,
das que vendem no balcão
de cachaça a grapettes.
Eram moças tão bonitas,
que ante mesmo às biritas,
eram elas as vedetes!
Pois pronto, foi nesse bar
(esse tal de espaço mundo)
qu’eu ouvi o Dom Juan
usar seu papo profundo...
Um colóquio tão cabeça
que nem qu’eu queira o esqueça
por um único segundo!
Primeiro vou explicar
como ele me contou:
- Cheguei no balcão do bar,
a primeira me olhou...
Eu pedi uma cerveja;
ela disse “assim seja”
e por mim se apaixonou...
- Pediu o meu telefone
segurando em minha mão,
piscou o olho pra mim
e eu pensando “por que não?”;
atendi ao seu pedido
e antes d’eu ter saído
já tinha uma ligação!
E emendando ele me disse
que já tava faturando
aquela Deusa do bar,
que a todos anda atentando.
Vôte, cara pabuloso!
Veio bancar o gostoso
e acabou foi se quebrando.
Pois eu tava no balcão
(ele não me conheceu)
e sem querer eu ouvi
como tudo aconteceu.
Eu não ia nem contar,
mas veio se pabular
e agora se fudeu!
Esse cara abestalhado
ficou por ali bestando
sem ninguém lhe atender
e ele em pé esperando;
olhando pra garçonete,
que só num deu-lhe um bufete
por que tava trabalhando!
Depois de tempos em pé,
encostado no balcão;
gritou por uma cerveja,
Esperou mais um verão,
e quando foi atendido
foi muito bem precedido
da falta de atenção!
A moça nem o olhou,
mas não foi indelicada.
Também nem se o quisera
sendo tão agraciada!
Porém notei que a bebida
que tinha sido servida
não tava muito gelada...
.
E o coitado ainda crente
de arrebatar a musa,
pra tentar puxar assunto,
endireitou sua blusa;
fez cara de Zé ruela,
pediu dois copos a ela
que o despachou obtusa...
Daí eu olhei pra trás:
Lá ia ele bufando,
com uma cerveja quente
e dois copos lhe sobrando!
Só o vi no outro dia,
cheio de prosa e folia;
da noite se pabulando!
Pois toma seu mentiroso!
Tu pensa que engana a quem?
Todo metido a gostoso
Só por que nada em vintém?
Leva-se um belo de um toco
Inda esquece-se do troco
Da tua nota de cem...
João Pessoa, 18/11/2009.
de arrebatar a musa,
pra tentar puxar assunto,
endireitou sua blusa;
fez cara de Zé ruela,
pediu dois copos a ela
que o despachou obtusa...
Daí eu olhei pra trás:
Lá ia ele bufando,
com uma cerveja quente
e dois copos lhe sobrando!
Só o vi no outro dia,
cheio de prosa e folia;
da noite se pabulando!
Pois toma seu mentiroso!
Tu pensa que engana a quem?
Todo metido a gostoso
Só por que nada em vintém?
Leva-se um belo de um toco
Inda esquece-se do troco
Da tua nota de cem...
João Pessoa, 18/11/2009.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Lua Minguada
A lua ficou opaca.
Ela não mais quer brilhar
e o breu que tomou o ar,
durante a noite me ataca.
Sem luz não vejo a estaca
no final da minha estrada
e assim rumar para o nada
tornar-se-á minha sina,
procurando em cada esquina
por outra musa aluada!
Sem lua a noite é a morte
na foice da solidão,
sem lua as marés não são
mais que uma onda mais forte!
Pra mim a lua era o norte,
na bússola do viver,
que vai seguir sem pra quê
até que surja outra lua
que o breu da noite destrua
e faça a vida valer!
João Pessoa, 16/11/2009
domingo, 8 de novembro de 2009
Amor Morto
Triste dia aquele que nascia!
Pobre homem, perdido imerso em dor,
despedindo-se ali do seu amor;
qu’entre os vivos mais nada respondia.
O casal, que outrora só sorria,
teve um fim prematuro: a morte inglória!
E a quem fica não resta escapatória
que não seja chorar a grande ausência
e ter fé de que em outra existência
o amor retomará sua história!
João Pessoa, 08/11/2009.
Pobre homem, perdido imerso em dor,
despedindo-se ali do seu amor;
qu’entre os vivos mais nada respondia.
O casal, que outrora só sorria,
teve um fim prematuro: a morte inglória!
E a quem fica não resta escapatória
que não seja chorar a grande ausência
e ter fé de que em outra existência
o amor retomará sua história!
João Pessoa, 08/11/2009.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Dança
Posso até muito ensaiar
Mas quando tomo teu lado
De corpo e rosto colado,
Não consigo acertar
Meus pés me desobedecem
E meus ouvidos se esquecem
De a música escutar...
O meu corpo ouriçado
Fica todo arrepiado
Na tua respiração
Já minh’alma sem cadência
Sai cometendo a insolência
De não seguir a canção...
Sem saber te conduzir
Eu erro sem nem sentir
E tu finges não notar...
Enquanto em teu “ouvidor”
Eu te falo: Minha Flor,
Não compares meu amor
Com o quanto sei dançar!
João Pessoa, 03/11/2009.
Mas quando tomo teu lado
De corpo e rosto colado,
Não consigo acertar
Meus pés me desobedecem
E meus ouvidos se esquecem
De a música escutar...
O meu corpo ouriçado
Fica todo arrepiado
Na tua respiração
Já minh’alma sem cadência
Sai cometendo a insolência
De não seguir a canção...
Sem saber te conduzir
Eu erro sem nem sentir
E tu finges não notar...
Enquanto em teu “ouvidor”
Eu te falo: Minha Flor,
Não compares meu amor
Com o quanto sei dançar!
João Pessoa, 03/11/2009.
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