Nasci pra ser não sei lá...
Nas voltas que o mundo dá, já caí, já tropecei e, das topadas que dei, meu dedão nem quer lembrar.
Já fui menino buchudo, correndo solto na rua, já quase toquei no céu, já quase beijei a lua e quase pude voar.
Hoje, Poeta-engenheiro, carrego um olhar de louco, uma dor constante e fria, e a vontade de mudar.
Mudar o mundo lá fora, mudar o mundo aqui dentro, mudar o que tiver tempo até meu mundo acabar.
Observo mais que falo, faço muito mais que calo.
Não sigo os caminhos prontos, pois por esses outros tantos já sabem onde vai dar.
Se já me perdi no mato, tenho na fé meus sapatos e torno a me embrenhar.
Meu destino pouco importa, pois a vida é sempre torta...
Deus sabe onde o sol se aporta.
Nasci pra ser não sei lá!
Buenos Aires, 21/07/2013.