No brilho de luz que emana
Daquele alvo farol
Mediando o arrebol
Que na noite se derrama
Uma lucidez exclama
Seu penhor e solidão
Guiando a navegação
Do desejo mais distante
Alteando um sonho infante
Que receia a escuridão
A luz girando girando
Marcando um traço profundo
Pelas nuanças do mundo
Que a noite vão-se minguando
E a lua somente olhando
Sem muito poder fazer
Queria apenas descer
Para beijar seu amante
Mas o farol relutante
Teme a lua esmorecer!
(Jessé Costa)
domingo, 30 de novembro de 2008
O Farol e a Lua
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Sem Ludíbrio
Como é fácil esbravejar
Nem precisa um ideal
Basta potência vocal
Um palanque pra trepar
E ter do que reclamar,
Que é o mais fácil de ter,
Mas pra algo acontecer
Repense sua peleja!
Pra um bom futuro, seja
A mudança que quer ver!
Meu amigo zisquerdista,
Grande revolucionário
Repleto de ideário,
Eu só lhe dou uma pista.
Pra que a mudança exista
Agora vou lhe dizer:
Sai da frente da TV
Solte a coca-cola e a veja!
Pra um bom futuro, seja
A mudança que quer ver!
Você que não tem partido
Que não é politiqueiro
Que dá duro o ano inteiro
Pra ser bom pai e marido
Nunca se dê por vencido
Pois pr’o mundo amanhecer
Um lugar bom de viver,
Em alerta sempre esteja!
Pra um bom futuro, seja
A mudança que quer ver!
(Jessé Costa)
Nem precisa um ideal
Basta potência vocal
Um palanque pra trepar
E ter do que reclamar,
Que é o mais fácil de ter,
Mas pra algo acontecer
Repense sua peleja!
Pra um bom futuro, seja
A mudança que quer ver!
Meu amigo zisquerdista,
Grande revolucionário
Repleto de ideário,
Eu só lhe dou uma pista.
Pra que a mudança exista
Agora vou lhe dizer:
Sai da frente da TV
Solte a coca-cola e a veja!
Pra um bom futuro, seja
A mudança que quer ver!
Você que não tem partido
Que não é politiqueiro
Que dá duro o ano inteiro
Pra ser bom pai e marido
Nunca se dê por vencido
Pois pr’o mundo amanhecer
Um lugar bom de viver,
Em alerta sempre esteja!
Pra um bom futuro, seja
A mudança que quer ver!
(Jessé Costa)
domingo, 23 de novembro de 2008
Alegoria
Olha só, mas quem diria
Que ela então seria um dia
O tempero d'alegria
Num sarapatel de amor
Dando gosto a minha vida
Que passou a ser servida
Das vezes semi-nutrida
Pr’um deleite de sabor!
Um produto nacional
De beleza incidental
Um pecado capital
Dito num confessionário
Ela é fruto proibido
No éden bem escondido
Pra que não seja comido
Por um qualquer legionário
E depois de procurar
Por terra, por céu e mar
Eis que venho a encontrar
Caminhando a meu lado
Olha só, mas quem diria
Que ela então seria um dia
Rainha na fantasia
Do meu reino encantado
João Pessoa, 23/11/2008.
sábado, 22 de novembro de 2008
O Circo de Um Real
Sou ladrão de mulher
Um palhaço José
De um circo qualquer
Na terra de ninguém
Sou o rei da risada
Avise a meninada
Hoje tem palhaçada
Hoje tem, hoje tem!
Olha a lona furada
Olha a arquibancada
Olha a tábua quebrada
E a ferrugem meu bem
O leão tá com fome
Mas já já ele come
Uns gatinhos sem nome
E sem dono também!
Chegue aqui Coité
Macaca chipanzé
Ande nesse tripé
E nessa bicicleta
Picadeiro na vista
Do herói trapezista
E que a corda resista
A manobra incorreta!
Um palhaço José
De um circo qualquer
Na terra de ninguém
Sou o rei da risada
Avise a meninada
Hoje tem palhaçada
Hoje tem, hoje tem!
Olha a lona furada
Olha a arquibancada
Olha a tábua quebrada
E a ferrugem meu bem
O leão tá com fome
Mas já já ele come
Uns gatinhos sem nome
E sem dono também!
Chegue aqui Coité
Macaca chipanzé
Ande nesse tripé
E nessa bicicleta
Picadeiro na vista
Do herói trapezista
E que a corda resista
A manobra incorreta!
(Jessé Costa)
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Timbaúba, Princesa Serrana II
Lá na feira da galinha
Transitam carros de mão
Cruzando o pontilhão
De um lado a outro da linha
E quando bate à tardinha
Por entre apitos lá vem
Sem esperar por ninguém
Rasgando a pele da rua
E uns meninos da lua
Pegam bigú sobre o trem
Se tá moendo a usina
E pressagio de fartura
Que a cidade fatura
Quando a colheita termina
E o suor que germina
Da pele do corta-cana
Vira Tum-tum, vira grana
Vira comida, cachaça
Vira dinheiro na praça
Que o comercio inflama
E o artesão manuseia
Com toda sua destreza
Os fios que dão a beleza
E um cochilo saneia
No seu tear forma a teia
Que do sono mata a sede
Bastando ter na parede
Um armador ou corrente
Dando a sustança inerente
Ao balançar d’uma rede
Já quando é carnaval
Os moleques endoidecem
Pois dos morros eles descem
Em um furdunço geral
E a meninada distal
Num pique se aproxima
Insultam a catirina
Puxam o rabo dos bois
Que rodando em “ais” e “ôis”
A liberdade termina!
E ante as águas do rio
Capibaribe Mirim
Por Pedras e catabim
Essa cidade emergiu
Lá dos Mocós se expandiu
Virou princesa serrana
Dos bois, das redes, da cana
Oh Timbaúba altaneira
Tu sois a musa primeira
Que o me peito proclama!
(Jessé Costa)
Transitam carros de mão
Cruzando o pontilhão
De um lado a outro da linha
E quando bate à tardinha
Por entre apitos lá vem
Sem esperar por ninguém
Rasgando a pele da rua
E uns meninos da lua
Pegam bigú sobre o trem
Se tá moendo a usina
E pressagio de fartura
Que a cidade fatura
Quando a colheita termina
E o suor que germina
Da pele do corta-cana
Vira Tum-tum, vira grana
Vira comida, cachaça
Vira dinheiro na praça
Que o comercio inflama
E o artesão manuseia
Com toda sua destreza
Os fios que dão a beleza
E um cochilo saneia
No seu tear forma a teia
Que do sono mata a sede
Bastando ter na parede
Um armador ou corrente
Dando a sustança inerente
Ao balançar d’uma rede
Já quando é carnaval
Os moleques endoidecem
Pois dos morros eles descem
Em um furdunço geral
E a meninada distal
Num pique se aproxima
Insultam a catirina
Puxam o rabo dos bois
Que rodando em “ais” e “ôis”
A liberdade termina!
E ante as águas do rio
Capibaribe Mirim
Por Pedras e catabim
Essa cidade emergiu
Lá dos Mocós se expandiu
Virou princesa serrana
Dos bois, das redes, da cana
Oh Timbaúba altaneira
Tu sois a musa primeira
Que o me peito proclama!
(Jessé Costa)
domingo, 16 de novembro de 2008
Cartas em Branco
(Do meu amor colorido)
As cartas que te mandei
Não foram compreendidas
E talvez nem sido lidas
Da forma que imaginei
Foram jogadas, eu sei
Desprezadas em um canto
Por ter apenas encanto
Apenas palavras ditas
Declarações sem escritas
Cheias de amor, entretanto!
(Jessé Costa)
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Bem dizer no Pé do altar
Quando tomei uma serena decisão
De namorar com uma menina de bem
Logo de cara não lembrei-me de ninguém
Mas me bateu uma ilustre solução
Fui à igreja mesmo não sendo cristão
Tendo a certeza de que lá encontraria
Uma cabôca que a mim completaria
E assim sentei dando de costas pro altar
Bati os olhos, espioso a espiar...
E vi você na fila da eucaristia!
Daí eu vi o brilho nos seus “oi” de moça
Quando cruzou os seus ‘óim’ no meu “oiá”
Então pensei: “Essa cabôca eu vou ganhar”
“Se não for minha quero que meu braço torça”
No fim da missa juntei coragem com força
E me cheguei nas suas oiça tão sublime
Disse: “Ser bonita assim deve ser crime”
“Pois a senhora já matou meu coração”
E tu me abriu em dentes um tal sorrisão
Que eu fiquei sem ter um verso que lhe rime
Foi um sopro de desmantelo o seu trejeito
Que me deixou de sentimento embriagado
Eita sorriso bem dado, bem amostrado
Eita cabôca, qu’eu até fiquei sem jeito
De lá pra cá eu te carrego no meu peito
E todo sábado refaço essa peleja
Só pra que toda carola na missa veja
Que hoje tendo você junto a meu lado
Sou um cristão fiel, de fé, apaixonado
Que senta na primeira fila da igreja
De namorar com uma menina de bem
Logo de cara não lembrei-me de ninguém
Mas me bateu uma ilustre solução
Fui à igreja mesmo não sendo cristão
Tendo a certeza de que lá encontraria
Uma cabôca que a mim completaria
E assim sentei dando de costas pro altar
Bati os olhos, espioso a espiar...
E vi você na fila da eucaristia!
Daí eu vi o brilho nos seus “oi” de moça
Quando cruzou os seus ‘óim’ no meu “oiá”
Então pensei: “Essa cabôca eu vou ganhar”
“Se não for minha quero que meu braço torça”
No fim da missa juntei coragem com força
E me cheguei nas suas oiça tão sublime
Disse: “Ser bonita assim deve ser crime”
“Pois a senhora já matou meu coração”
E tu me abriu em dentes um tal sorrisão
Que eu fiquei sem ter um verso que lhe rime
Foi um sopro de desmantelo o seu trejeito
Que me deixou de sentimento embriagado
Eita sorriso bem dado, bem amostrado
Eita cabôca, qu’eu até fiquei sem jeito
De lá pra cá eu te carrego no meu peito
E todo sábado refaço essa peleja
Só pra que toda carola na missa veja
Que hoje tendo você junto a meu lado
Sou um cristão fiel, de fé, apaixonado
Que senta na primeira fila da igreja
(Jessé Costa)
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
A Revolução dos Contos
Roubei do príncipe seu alazão
Da Rapunzel sua trança comprida
Dei arrebite a Bela’dormecida
Branca de Neve? Furtei um anão!
Fada sem ter Varinha de condão
Capei a lâmpada de Aladim
Do Peter Pan seqüestrei a “Sinim”
Na Cinderela soldei o sapato
Tirei a bota do pé de um Gato
Fiz um final feliz sem ter o fim!
Da Rapunzel sua trança comprida
Dei arrebite a Bela’dormecida
Branca de Neve? Furtei um anão!
Fada sem ter Varinha de condão
Capei a lâmpada de Aladim
Do Peter Pan seqüestrei a “Sinim”
Na Cinderela soldei o sapato
Tirei a bota do pé de um Gato
Fiz um final feliz sem ter o fim!
(Jessé Costa)
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