quarta-feira, 22 de julho de 2009

Poesia da Merda

Eu sinto dentro de mim
Qu’esse caso acaba agora
Que pra ela é o fim
Que ela quer ir embora
De mim está saturada
Não quer mais minha morada
Forçando sua partida
E sentado na privada
Vou defecar minha amada
A minha merda querida!

Mas depois de evacuá-la
Levantarei devagar
Pra à derradeira fitá-la
Na bacia a flutuar
Com seu glamour e elegância
Grande em tamanho, sustância
E exuberância fecal
Depois darei a descarga
Triste como quem amarga
Perder um órgão vital!

É assim qu’eu me apaixono
E me frustro todo dia
Sentado aqui neste trono
Vaso, privada ou bacia
Sendo fadado a perder
Algo que eu fiz crescer
E’m meu cerne cultivei,
Pra de forma obtusa
Depois transformar em musa
Esta merda que caguei!

João Pessoa, 22/07/2009.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Confraria dos Desiludidos I

(Poesia sem Fim)

Joaquim se apaixonou
Por uma nuvem do céu
Que de forma afeminada
Vestia-se com um véu
Mas veio uma ventania
E na andança do dia
Esse amor foi pro “bedel”

Tereza gamou num poste
Que brilhava mais que a lua
E religiosamente
Paquerava a luz sua
Mas um dia a luz queimou
E o escuro se apossou
Do seu amor e da rua!

Carlito amava sua sombra
E ela o correspondia
Que pra onde ia Carlito
Sua sombra o seguia
Mas esse amor s'acabou
Pois Carlito s'empregou,
Vira a noite e dorme o dia!

A paixão de Maristela
Era seu próprio nariz
Sempre olhando sua ponta
Não beijava por um triz
E deste jeito a pimpolha
Ficou pra sempre zarolha
Solitária e infeliz!

João Pessoa, 27/05/2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Engenharia

Como é bela a engenharia
Como é linda essa ciência
Que aumenta a inteligência
Daquele que a desafia
Quem nesse meio se cria
Só mastigando equação
Desenvolve aptidão
Pra escapar de dilema
E o buraco do problema
Tapa com a solução!

Nada é incompreensível
Aos olhos dum engenheiro
Desmonta e monta ligeiro
Por increça que parível
Se queimar, troca o fusível
Se esquentar, baixa a pressão
Se vazar, faz vedação
Se travar, troca o sistema
E o buraco do problema
Tapa com a solução!

Com uma calculadora
Que já sabe até falar
Só lhes falta inventar
Uma invenção inventora
Não há melhor professora
Nas artes da inovação
Do que essa profissão
Que encara qualquer tema
E o buraco do problema
Tapa com a solução!

João Pessoa, 06/07/2009.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Pei-bufo!

Sei que posso parecer
um playboy sem conteúdo,
sei também que não sou tudo
que um homem pode ser,
mas se tu me conhecer
vais mudar o teu conceito
pois vou arrancar do peito
o verso mais encantado
pra deixar bem retratado
que somos um par perfeito!

E se acaso eu me perder
entre as rimas de um verso,
simplesmente eu lhe peço
para me compreender,
pois tão perto de você
não da pra me concentrar
e se meu peito parar
tão perto do paraíso
NAS COVAS DO TEU SORRISO
EU QUERO ME ENTERRAR!

João Pessoa, 30/06/2009.