Feitiço da Mulher da Noite
Quem é ela que flutua
Pelas calçadas da rua,
Sedutora e seminua
Aliciando os olhares?
Quem é que assim se insinua
Numa noite nua e crua,
Sob a luz fraca da lua,
Pelos cabarés e bares?
Há de ser uma visão?
Oásis da tentação?
Será a maça de Adão
Que incita o pecado?
Ou um anjo displicente?
De Deus, um teste latente!
Deusa em forma de gente,
Ao olhar embriagado!
O garçom me elucidou
Que a dama que passou
É o que se famigerou
Mulher da vida e da rua;
Porém ela é mais que isso,
Há de haver nela um feitiço
Qu’arrepiou meu toitiço
E fez de minh’alma sua!
Assim, vou de bar em bar,
Vou bebendo a esperar
Ver noutra noite, a passar,
Aquela mulher perdida;
Pois só vou me sossegar
Depois que me declarar.
Eu preciso lhe contar
Que é dela a minha vida!
João Pessoa, 21/09/2009.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Distância
à Ewerton e Érica, separados pelo atlântico.
Tendo em suas mãos um globo
Tentou medir a distância.
Um palmo de sua mão,
Era essa a impedância!
Mas que significância
Pode haver nessa extensão?
Foi quando pousou sua mão
Sobre o peito, outrora calmo,
E descobriu que num palmo
Cabia seu coração!
Tendo em suas mãos um mapa
Concentrou sua atenção
Naquele país adonde
Fora morar sua paixão.
Tinha com isso a ilusão
De sentir mais uma vez
O cheiro de sua tez
Brotar da rosa-dos-ventos
Sem ver que seus pensamentos
Já não tinham sensatez!
Mas o tempo escorre aos poucos
Quase sem velocidade
Na ampulheta da vida
Dando-lhes vivacidade
E quando se reencontrarem
Choverá felicidade!
O todo terá mais vida!
Bem mais que meras metades!
E dentre noites seguidas
Matarão suas saudades!
O céu cravado de estrelas
Entre as nuvens sorrirá
Os calafrios da noite
Em brisa os abrasará
E um sol de amor nascerá
Auroreando com vida
A insônia mal dormida
Dum amor itinerante
Que regressa ao quadrante
De onde fez a partida!
João Pessoa, 10/09/2009.
Tendo em suas mãos um globo
Tentou medir a distância.
Um palmo de sua mão,
Era essa a impedância!
Mas que significância
Pode haver nessa extensão?
Foi quando pousou sua mão
Sobre o peito, outrora calmo,
E descobriu que num palmo
Cabia seu coração!
Tendo em suas mãos um mapa
Concentrou sua atenção
Naquele país adonde
Fora morar sua paixão.
Tinha com isso a ilusão
De sentir mais uma vez
O cheiro de sua tez
Brotar da rosa-dos-ventos
Sem ver que seus pensamentos
Já não tinham sensatez!
Mas o tempo escorre aos poucos
Quase sem velocidade
Na ampulheta da vida
Dando-lhes vivacidade
E quando se reencontrarem
Choverá felicidade!
O todo terá mais vida!
Bem mais que meras metades!
E dentre noites seguidas
Matarão suas saudades!
O céu cravado de estrelas
Entre as nuvens sorrirá
Os calafrios da noite
Em brisa os abrasará
E um sol de amor nascerá
Auroreando com vida
A insônia mal dormida
Dum amor itinerante
Que regressa ao quadrante
De onde fez a partida!
João Pessoa, 10/09/2009.
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