A poetisa Mariana Teles, natural de Tuparetama-PE, é um daqueles seres encantados dos quais seria um disparate chamar de ser humano. Costumo dizer que quando essa menina-moça-senhorita-poetisa (a mulesta toda!) escreve, escreve montada em cima duma nuvem; e é de lá, balançando seus pés na vastidão do céu, que essa danada fica observando a gente, o bicho-incompleto-homem, e esse mundinho onde vivemos, pra assim escrever suas poesias.
Ler uma poesia dessa poetisa ainda tão jovem e já tão grande nos leva impreterivelmente ao mundo da admiração. E sendo eu um grande admirador dessa moça, inventei de escrever um soneto pra lhe homenagear, no qual disse:
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Quando o barro rachado vira lama
No chover duma nuvem bem chuvosa
E a água correndo caudalosa
Vai pintando de verde a cinza rama;
Quando o escuro da noite se derrama
E a lua o enfrenta, corajosa;
Quando o cheiro do mato cheira à glosa
E o vento ventando lhe declama;
Essa moça observa atentamente
E rimando compõe outro presente
Pra quem gosta de boa poesia.
Quando escreve ela faz-se transcender
E quem lê não escapa de dizer:
“Deu a gota!”, “Que lindo!”, “Ave-Maria!”
João Pessoa, 24/11/2010.
No chover duma nuvem bem chuvosa
E a água correndo caudalosa
Vai pintando de verde a cinza rama;
Quando o escuro da noite se derrama
E a lua o enfrenta, corajosa;
Quando o cheiro do mato cheira à glosa
E o vento ventando lhe declama;
Essa moça observa atentamente
E rimando compõe outro presente
Pra quem gosta de boa poesia.
Quando escreve ela faz-se transcender
E quem lê não escapa de dizer:
“Deu a gota!”, “Que lindo!”, “Ave-Maria!”
João Pessoa, 24/11/2010.