quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Carroça da vida
Eu comparo nossa vida
Como fosse uma carroça
Cada um é seu carreiro
Indo pr’onde achar que possa
E a depender do rumo
Às vezes se perde o prumo
Em caminhos mal tomados,
De pedras, curvas, ladeiras;
De sei lá quantas porteiras
Repletas de cadeados!
E quando a gente acelera
Na pressa do “quero agora”
A carroça segue oca
Pelos caminhos afora
Com sua carroceria
Completamente vazia
De qualquer aprendizado
Segue assim desembestada
Mas chega ao fim da estrada
Sem ter de nada agregado.
Quando vamos devagar,
A carroça rende mais
Tendo tempo de agregar
As coisas que a estrada trás
Segue a carroça da vida
Sendo então abastecida
Com sacos de pensamentos
Humildade, humanidade
Tristeza, felicidade,
E outros tantos sentimentos!
E se a carroça da vida
Se trupica num buraco
Do estoque de alegria
Vez por outra cai um saco
E com alegria a menos
Nos sentimos tão pequenos
Que a viagem desanima
Mas, com fé, um peregrino
Que atende por destino
Joga 10 sacos pra cima!
Belo Jardim, 14/11/2011
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