sábado, 24 de março de 2012

Racionando o racional



Racionando o racional
Hoje vê-se a juventude
Seus valores, sem moral
Seus princípios, sem virtude
Se despencam no talude
Da felicidade a jato
Do prazer imediato
Do vulgar, da aparência
Da bestice como essência
Do consumismo insensato!

Querem tão somente status
Parecer é o que importa
Tudo indiferente aos fatos
A involução se aporta
O futuro se entorta
Nessa massa de manobra
Que tudo que a mídia obra
Tal qual moscas varejeiras
Abocanham nas carreiras
E ainda espalham a sobra...

Pelas luzes do glamour
A razão é racionada
Pobre da Belle de Jour
Morreu por não ser “safada”
E a mocidade “arrochada”
Segue se arrochando nesses
E noutros vis interesses
Sem notar que são reféns...
Sem “porquês” e sem “poréns”
Quem não quer um gado desses?!

Belo Jardim, 24/03/2012.

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