quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Não sobra “sentir falta” pra nada











Eu até sinto falta de sentir
O suor escorrendo na quentura;
Sinto falta também da rapadura
E da broa sem água pra engolir;
Eu até sinto falta de ouvir
Um forró, um repente, uma toada...
Mas, se lembro de ti, tudo s’enfada
E não resta mais nada fora o pranto,
Pois a falta de ti sinto d’um tanto
 Que não sobra “sentir falta” pra nada!

Dublin, 27/08/2012.

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