Paulo pedreiro peleja
Contra pisos, casas, muros
Faz a massa e a despeja
Num tijolo de oito furos
Erguendo sonhos futuros
De alguém que mal conhece
Enquanto o que lhe apetece
É voltar pra seu cercado
Replantar o seu roçado
E viver de sua messe!
Danou-se pra capital
Quando veio a grande seca
Deixando seu cabedal
Guardado só pela cerca
Mas hoje olhando pra Têca
Fala com vivacidade
Da paz e simplicidade
Que corria no curral,
No alpendre e no quintal...
- Eita Têca, que saudade!
E Paulo já fez projeto
De um grande galinheiro
Planejou tudo correto
Só lhe falta ter dinheiro
Pois a vida de pedreiro
Mal vence os gastos do mês
Mas se não for dessa vez
Logo mais noutro serviço
Paulo enriquece o toitiço
E volta pra Santa Inês!
João Pessoa, 07/05/2010.
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