Essa moça que povoa
O céu do meu pensamento
Tem um jeito que garoa
Com um fino sentimento
Meu pé de discernimento
Confundindo meu pensar
E de tanto a olhar
Com meus olhares concisos
Distingui quatro sorrisos
Dos quais vou arrazoar:
Tem um sorriso forçado
É sorriso de mentira
Sorriso vitrificado
Que atuando se estira
Sorriso que ela’tira
Quando tenta agradar
E até neste enganar
Deste sorriso pirata
O seu sorriso inda mata
A raiva de quem olhar...
Tem outro riso sem graça
É sorriso encabulado
Que às vezes se disfarça
No seu rosto avermelhado
É um sorriso ameigado
Assim de boca pequena
Acompanhado, na cena,
Por um olhar distraído
E um rosto enrubescido
Que a timidez acena!
Tem outro riso espontâneo
De pura sinceridade
Que surge do instantâneo
Da real felicidade
É sorriso de verdade
Como diz no dicionário
Um sorriso relicário
Verdadeiro afluente
Da beleza estridente
Que dispensa comentário!
E tem um quarto sorriso
Difícil de definir
É um sorrir impreciso
Qu’ela deixa escapulir
Meio que sem nem sentir
Meio que sem nem notar
Mas que faz tudo parar,
Faz o fogo arrefecer
E o sol esmorecer
Pra deixar ele brilhar!
E com seu riso em meu laço
Sou criança abestalhada
Faço questão, sou palhaço
Só pra ver outra risada
Não ligo pra quase nada
Meu senso pormenorizo
Ironizo, rivalizo
Pra ela rir de doer
Enquanto eu tento esconder
Que só tenho um sorriso!
João Pessoa, 28/08/2010.
O céu do meu pensamento
Tem um jeito que garoa
Com um fino sentimento
Meu pé de discernimento
Confundindo meu pensar
E de tanto a olhar
Com meus olhares concisos
Distingui quatro sorrisos
Dos quais vou arrazoar:
Tem um sorriso forçado
É sorriso de mentira
Sorriso vitrificado
Que atuando se estira
Sorriso que ela’tira
Quando tenta agradar
E até neste enganar
Deste sorriso pirata
O seu sorriso inda mata
A raiva de quem olhar...
Tem outro riso sem graça
É sorriso encabulado
Que às vezes se disfarça
No seu rosto avermelhado
É um sorriso ameigado
Assim de boca pequena
Acompanhado, na cena,
Por um olhar distraído
E um rosto enrubescido
Que a timidez acena!
Tem outro riso espontâneo
De pura sinceridade
Que surge do instantâneo
Da real felicidade
É sorriso de verdade
Como diz no dicionário
Um sorriso relicário
Verdadeiro afluente
Da beleza estridente
Que dispensa comentário!
E tem um quarto sorriso
Difícil de definir
É um sorrir impreciso
Qu’ela deixa escapulir
Meio que sem nem sentir
Meio que sem nem notar
Mas que faz tudo parar,
Faz o fogo arrefecer
E o sol esmorecer
Pra deixar ele brilhar!
E com seu riso em meu laço
Sou criança abestalhada
Faço questão, sou palhaço
Só pra ver outra risada
Não ligo pra quase nada
Meu senso pormenorizo
Ironizo, rivalizo
Pra ela rir de doer
Enquanto eu tento esconder
Que só tenho um sorriso!
João Pessoa, 28/08/2010.