terça-feira, 14 de setembro de 2010

Poesia de bar №3

Roedeiramento



O tanto que vale o sol
Sem a terra pr’aquecer
E o tanto que vale a terra
Sem os seres pra viver
Vale o coração do homem
Que não tem por quem roer!

O cachorro rói o osso
Pr’um tico de carne achar
O rato rói o caroço
Para seus dentes serrar
E o homem, velho ou moço,
Rói por não deixar de amar...

O sentimento roído
Pela paixão mais sofrida
Fortalece o organismo
Cicatrizando a ferida
E roendo por amor
Sai-se mais forte pra vida!

João Pessoa, 11/09/2010.

Um comentário:

Barra disse...

Bendito os roedores que tem por quem roer!