segunda-feira, 28 de março de 2011
Deu errado demais!
Depois da primeira vista
Onde tudo deu errado
Outra chance de conquista
Surge para o conquistado
Na segunda vez que os dois
Trocam abraços e “ois”
Ele monta um argumento
E derrama sobre ela
Numa forma bem singela
Dizendo seu pensamento:
- Moça de brilho ofuscante
Sentada naquela mesa
Não me olhasse um instante
Fazendo por malvadeza
Qu’eu deixasse a gentileza
Para ali lhe perturbar
Pois querendo seu olhar
Acabei sendo insensato;
Moça, juro, eu só fui chato
Pra você me reparar!
Derna então daquela noite
Onde eu só soube teu nome
Que procuro a todo acoite
Saber do teu telefone
Pois moça, vou ser sincero
Derna de lá eu só quero
Saber mais quem é você
Pois beleza como a sua
Nunca avistei na rua
Só apenas na TV!
Mas não pense aqui com isso
Qu’eu esteja aqui mentido
E que nesse reboliço
Queira estar lhe iludindo
Que só quero, dona moça
Branca boneca de louça
Do sorriso encantador
Fazer você consciente
Que daquela noite em frente
Sou seu admirador!
E agora qu’eu já disse
Tudo que tinha a dizer
Tou vendo que tu não visse
Graça no bem querer
E que o teu rosto só passa
O quanto tu tá sem graça
Querendo se enterrar,
Porém não se aperrei
Que o que fiz, desfarei.
É assim, vou lhe explicar...
Mode nós dois evitar
Tua pele avermelhada
Testemunha a delatar
Uma alma envergonhada
Vamos aqui acertar:
Quando a gente se encontrar
Noutra noite inesperada
Façamos o que nos cabe
Você finge que não sabe
E eu que não lhe disse nada!
João Pessoa, 27/03/2011.
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