Dedicada ao grande amigo Filipe Apolinário
Matuto quando se muda
Não enche mêi caminhão
Na caçamba vão somente
Um fogão com seu bujão
Uma caminha simbólica
Uma antena parabólica
E a velha televisão!
A geladeira Brastemp
Sanguessuga de energia
Um sofá todo surrado
Remendado por Maria
E um mundéu de cacareco
Calcinha, espelho e caneco
Tudo numa só bacia!
Mas quem vê nem desconfia
Que o dono desse quinhão
Leva com essa mudança
Dentro do seu coração!
Um treminhão apinhado
Com sonhos por todo lado
Da vida no novo oitão!
A pouca coisa demais
Do cabedal que detém
Pro matuto pouco importa
Pois pra ele o maior bem
É Maria, sua nega
E o amor dessa burrega
Só mesmo ele é quem tem!
Matuto quando se muda
Não enche mêi caminhão
Mas a F4000
Mesmo assim cepa no chão
Ao sentir o peso bruto
Da bravura que o matuto
Leva no seu coração!
Timbaúba, 19/03/2011.
domingo, 20 de março de 2011
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