Começo a ter medo dessa doidiça poética chamada inspiração. Ela as vezes atrapalha mais do que ajuda. O problema é que a poesia nasce do que o Poeta sente e o que ele sente não é necessariamente o que ele vive. Muitas vezes o que Poeta sente é simplesmente o que este gostaria de viver. E como bem colocou o grande Poeta Fernando Pessoa:
Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
Fernando Pessoa, 18-9-1933
Pois é. No fim das contas; amando ou não, desiludido ou não, chorando ou não, sorrindo ou não; acaba falando mais alto essa doidiça poética: essa tal inspiração. E a minha poesia é um menino sem mãe correndo em cima do muro que separa a loucura da razão.
Eu quero a luz de um dia de sol, estando sozinho
Que o sol azeite a passagem do dia, quando eu não te ver ...
E se chover, que o cheiro da chuva entre de mansinho
Com a saudade que o cheiro de chuva me trás de você!
Melhor seria você do meu lado o tempo todinho,
Mas eu não quero você do meu lado sem ser teu querer!
João Pessoa, 02/05/2011.
5 comentários:
bote mais 1 real de poesia ai que to pagando pra ver mais um tiquin!!!
também quero!
Poeta minino Jessé...
....não deixe nunca o seu "SER" poético no lado escuro....a sua poesia é SONHO que independente de você gera realização.
Abraço.
Tem aquele dom de dar cores ao invisível...
O moço é um "caçuá" de poesias vivas.E eu jogando meu cabelo no vento sentada num batente, leio muita poesia desse moço!fã.
Abraço Seu Jessé.
gostei muito daqui, dos textos , prosas e poesias, seguindo te, segue tbm :], http://amandabaracho.blogspot.com
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