sábado, 30 de julho de 2011
Oitava pra quando voltar
Logo assim, quando eu voltar,
Vou atrás de te encontrar
Que só tu pra me salvar
De tanta calamidade
Pois eu vou voltar boiando
E já quase me afogando
Com o peito transbordando
De tanto sentir saudade!
Timbaúba, 30/07/2011.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Meio Sísifo ou sei lá.
Sempre fui, desde novo, aventureiro
Nunca tive querença pelo fácil
Quando Deus me inventou, pois no prefácio
Que por ser um Poeta assim matreiro
Do amor eu só sentiria o cheiro
E que eu viveria no seu faro
Desde então, é assim que vivo. E claro,
Nessa busca incessante e sem sentido
Muitas vezes pensei ter conseguido
Mas o amor sempre foge quando eu paro!
João Pessoa, 26/07/2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Ao trio, com esmero II
O tempo desce a ladeira
Como um caminhão sem freios
Levando no seu baú
Nossas tardes de recreios
Mas o afeto, entretanto,
É graúdo de um tanto
E tem tanta validade
Que nem daqui a 100 anos
O tempo não causa danos
Pra matar nossa amizade!
Timbaúba, 21/07/2011.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Primeira tirada poética ao Pajeú das Flores
Pelas andanças da vida, por uma esquina do tempo, numa topada do destino... Lá estava eu no meio de um ajuntamento de Poetas de primeira apanha, na casa do Padre/Poeta Bras Costa em Riacho do Meio (distrito de São José do Egito).
Foi, essa, minha primeira tirada poética ao Pajeú das Flores – uma terra encantada, onde poesia de qualidade brota do povo como fosse um mato de buniteza brotando espontaneamente no terreno da imaginação.
Valeu demais a viagem, principalmente por ter estado na presença e trocado idéias com poetas como: João Paraibano, Sebastião Dias, Caio Meneses, Cícero Moraes, Raphael Moura, Ricardo Moura, Renato Moura e o próprio Bras Costa.
Segue, logo mais abaixo, um vídeo registrado por Cícero Moraes, onde eu apareço me enxerindo, a convite do Poeta Bras Costa, em declamar uma poesia de minha autoria. Isso logo depois da apresentação do malassombrado Caio Meneses e dos repentistas João Paraibano e Sebastião Dias. Ora, pense num atrevimento!
Contudo, pseudo-exibicionismo aparte, o caso é que sou fã demais desses fenomenais Poetas populares, improvisadores do inacreditável, desarranjadores das coisas tristes da vida e empeleiteiros da construção do belo nesse mundão sem cercas e sem porteiras.
E como costumo dizer: minha poesia é um menino sem mãe correndo em cima do muro que separa a loucura da razão.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Gratidão à Filipéia
João Pessoa, terra amada
Que tanta coisa me deu
Mesmo sem ser filho teu
Hoje ao seguir minha estrada
Parto de alma enlutada
E o coração pequenino
Pois pra ti cheguei menino
E estou partindo homem feito
Mas vou contigo no peito
E que me venha o destino!
João Pessoa, 14/07/2011.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Mote bom da mulesta III
Versos no mote do poeta Raphael Moura, passado pelo poeta Cícero Moraes:
"A correia dentada se partiu
E o motor da paixão se desligou"
O meu peito, altamente automotivo
Eu deixei pilotar a minha amada
Porém ela não era habilitada
E agora eu já sei por qual motivo
Pois guiando tal qual um fugitivo
Numa curva dum sonho, quando entrou,
Uma marcha trocada ela engatou
Que a biela empenou, pistão zuniu
A correia dentada se partiu
E o motor da paixão se desligou!
Hoje meu coração só tem banguela
Que, o motor, a danada destroçou
E na vida que eu sigo, pr’onde vou
Levo nele os estragos todos dela
Inda range, batendo a manivela
Inda arde uma vela que restou
Inda resta do óleo que vazou
Mas, prestando, nem a partida a frio
A correia dentada se partiu
E o motor da paixão se desligou!
João Pessoa, 06/07/2011.
"A correia dentada se partiu
E o motor da paixão se desligou"
O meu peito, altamente automotivo
Eu deixei pilotar a minha amada
Porém ela não era habilitada
E agora eu já sei por qual motivo
Pois guiando tal qual um fugitivo
Numa curva dum sonho, quando entrou,
Uma marcha trocada ela engatou
Que a biela empenou, pistão zuniu
A correia dentada se partiu
E o motor da paixão se desligou!
Hoje meu coração só tem banguela
Que, o motor, a danada destroçou
E na vida que eu sigo, pr’onde vou
Levo nele os estragos todos dela
Inda range, batendo a manivela
Inda arde uma vela que restou
Inda resta do óleo que vazou
Mas, prestando, nem a partida a frio
A correia dentada se partiu
E o motor da paixão se desligou!
João Pessoa, 06/07/2011.
domingo, 3 de julho de 2011
Versos plausíveis
Numa nuvem alada me montei
E voei, pelo céu, pro teu terreiro.
Tava atrás de te ver, mas acabei
Que notei qu'outro alguém chegou primeiro
E dos beijos de amor que ali se davam
Os meus olhos mofinos marejavam
E o meu choro, da nuvem, escorria
Se chovendo por cima do teu beijo
Onde o Outro dizia deste ensejo
- Olha a chuva benzendo-nos, Maria!
João Pessoa, 03/07/2011.
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