domingo, 14 de agosto de 2011
Causo: Manezinho "chêi" de onda
Manezinho, "chêi" de onda
Conversador de lorota
"Contadorzin" de vantagem
Que a todos julga idiota
Um “sem tempo pra pirraça”
Que o povo diz, quando passa:
“Lá vai aquele derrota!”,
Terminou mordendo a língua
E agora tá na míngua
Sendo alvo de chacota!
Pois, “antonte”, o afamado
Que de tanto tá na rua
Falando da vida alheia
Esquecendo-se da sua,
Se passou por um vexame
Que nunca mais deu ditame
Na vida de nenhum Zé
Do “tamãe” do tiro errado
Que Mané deu enganado
No peito do próprio pé!
Pois que o dito era corno
Só ele que não sabia
Mas também querer o que
Se não mais comparecia?
E até aí tudo bem:
A mulé dando o xerém
Pr’os "Boyzin" tarado e novo
E "Manezin" pelas praças
Tripudiando as desgraças
Que descobria do povo!
Mas porém, no mês passado
Tava ele na calçada
Conversando sobre a chuva
E a Nega já abusada
Quando Biu-língua-de-foice
Fofoqueiro de dar coice
Vinha passando na hora
E me contou que a mulé
Deu de luva em Mané
Como eu já vos digo agora:
"Manezin" falando alto
Pra dizer que é bom de peia
Disse: eu queria mesmo
Qu’esse rio desse uma cheia
Pra sair levando “os corno”
Pr'um caminho sem retorno
Pra nenhum aqui ficar.
E a mulé disse irrequieta:
Manezinho, tu se aquieta
Que tu não sabe nadar!
Ele disse: Ouxe, mulé
Que conversa errada é essa?
E Ela disse: Ah, Mané
Lhe sou gaieira confessa
E “dos corno” que aqui tem
Tu não perde pra ninguém
E nem venha com dissídio
Que querendo mal a corno
Você deseja o transtorno
De cometer suicídio!
Eita tomada de rabo
Lascou-se bem na emenda
E Biu tratou de dar cabo
Espalhando essa contenda
Já Mané, do embaraço,
Na praça virou palhaço
Nenhuma moral lhe resta
E se alguém fala de corno
Tenta esconder o adorno
Que a mulé lhe põe na testa!
Timbaúba, 14/11/2011.
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