sábado, 3 de setembro de 2011

Do mesmo jeitinho



Se num novo alvorecer
Deus mandasse eu escolher
O lugar onde nascer
Nem piscava na resposta
Sem nenhum queré-quequé
Dizia, fincando o pé:
Quero um pai feito Jessé
E um avô feito Seu Costa!

Quero de novo o caminho
De me criar Jessezinho
Por entre a flor e o espinho
Arranhando-me altamente
Mas tendo em casa o incentivo
Do pai que faz curativo
E nos diz: Filho, é levito
Arranhar-se pra ser gente!

Eu quero um pai de torar
Em quem possa m'espelhar
Pra quem sabe me tornar
Um alguém que valha a pena
E se for pra escolher
Quero de novo nascer
Bem aqui, pra reviver
Dessa vida cada cena!

Timbaúba, 14/08/2011.

Um comentário:

Xerox do Fagner disse...

O que é que estar longe e com saudades de casa não faz na cabeça dos poetas, né não?! Tais muito inspirado! =) Que bom! ;)