sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Andança das coisas - Belo Jardim
A tarde já vem em queda
O dia perdendo os tampos
E em plena Siqueira Campos
O sol desce e se hospeda
Então a lua se arreda
Segue pelo calçadão
Na praça da conceição
Faz um pouco de pantim
E assim em Belo Jardim
A noite dá seu plantão!
Já perto da meia-noite
A cidade é solidão
Que nem mesmo assombração
Não vê quem causar açoite
E as altas horas da noite
Um vento frio varre o pelo
de um cão tendo um pesadelo
Lembrando o dia em que o dono
Lhe jogou no abandono
A dizer não mais querê-lo!
Quando então o sol levanta
Toma um café da manhã
E forte feito um titã
O mundo inteiro abrilhanta
E a lua se desencanta
Se apaga e se aquieta
Fica ali no céu, discreta,
Só descansando um tiquim
E aqui a vida é assim
Ao olhar desse Poeta!
Belo Jardim, 28/10/2011.
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