Viver já era estressante
Já acordava abusado
Cum mundo era intratante
Tinha na face a feição
De quem chupou um limão
Pra manter todos distante
E foi sem jurisprudência
Que uma dama formosa
Minou minha resistência
E me deixou todo prosa
Com seu jeitinho rosado
Pintou meu peito caiado
Cantando e fazendo glosa
Se hoje escrevo rimado
É porque meu coração
Que outrora era blindado
Pra amorosidade, paixão
Agora bate corrido
Pulsando num sustenido
Que torna a vida canção
E é por essa razão
Que quando a mente vazia
Me esbarro c’a inspiração
Da faustosa estrela guia
Que brilha luzindo forte
Me indicando um norte
Pra escrever poesia!
(Jessé Costa)
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