(Triste Fim do Jumento Lampião)
Lampião era um Jumento
Na caatinga conhecido
Trabalhador dos garrido
Que nunca teve um aumento
Mas não fazia tormento
Perante o seu patrão
Que com as rédeas na mão
Puxava o bicho na estrada
E a poeira levantada
Pelas brenhas do sertão
No lombo do mal amado
Ia preso um caçuá
Pros mangaio carregá
Das feiras pra o roçado
E na roça era o arado
Que lhe dava outra função
Descanso num tinha não
Trabalhava todo o dia
Quando sol ou se chovia,
Agruras da profissão
Mas numa fadada vez
Numa ida pra cidade
A vida só por maldade
Uma traquinagem fez
Agora vejam vocês
Com deu-se a ação
Seu dono na prestação
Apossou-se de um trator
Comprou moto, gerador
E sumiu com Lampião.
(Jessé Costa)
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