domingo, 17 de abril de 2011

Babuleta Incolor



As vezes te ofendo inventando outro apodo
Porém na verdade – Oh, minha querida!
Reclamo: feiosa, autista ou metida
Porque o que sinto é lajedo com lodo
E s’eu te elogio esbagaço-me todo
Nas pedras escarpas do “se apaixonar”
Pois isso, querida, releve o falar
Do pobre medroso que foge do amor
Que pensa e não diz: “Babuleta Incolor”
Tu sois o encanto da beira do mar!

Tu sois borboleta de asa incolor
Que brilha na cor da fulô que pousar
Teu vôo de raro se perde no ar
Não há outro ser com tamanho torpor
Sabendo não ser o melhor caçador
Não sei se consigo te capturar
Por isso que evito teu jogo jogar
Porque você sendo espécime raro
S’eu perco esse jogo com custo tão caro
O IBAMA me prende na beira do mar!

Timbaúba, 11/01/2011.

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