segunda-feira, 11 de abril de 2011

Timbaúba, Princesa Serrana III



À direita do rio das capivaras
A semente plantada germinou
Entre os morros a mais rica seara
Toda zona da mata norteou
Quando Deus lá de cima arquitetou
Cada traço do mundo e a natureza
Reservou-te o trono de princesa
E cercou-te de serras por inteira
Te habitando da gente mais guerreira
Dos teus trunfos, esplêndida grandeza!

Quem nasceu e cresceu no teu quintal
Só encontra razões pra te amar
Impossível alguém não se encantar
Com o verde do teu canavial;
A sabença do cidadão rural;
Tuas quartas e sábados de feira;
As igrejas, as praças, a rua inteira;
Pontilhão, estação e o trem passando
Carregado e ainda carregando
Mais um “mói” de menino na traseira!

Assim, sendo teu filho natural
É normal tanto amar tua ribeira
E morando tão longe ao teu curral
Mais ainda a saudade alvoroceira...
Ah, se eu fosse da cana queimadeira
Um alado e pequeno malunguinho
Eu voando tomava o teu caminho
E caia tranqüilo em teu regaço
Pra sentir, Timbaúba, o teu abraço
E o mormaço amoroso do teu ninho!

João Pessoa, 11/04/2011.

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