Sempre tive meus heróis
em casa: um pai batalhador e um avô autodidata. Um pai empreendedor e um avô
boêmio. Pés bem fincados no chão, mas no “Costa” um par de asas. Um caminhão de
tijolos pra descarregar e uma radiola tocando bolero no final da tarde. Graxa
num fusca de corrida na garagem e um quartinho, nos fundos da casa, cheio de
vinis esperando pelos cuidados de uma flanela. Um pai mostrando o valor do trabalho
e um avô, sentado numa cadeira de balanço, distribuindo pipoca pra meninada na
rua (pura generosidade na sua forma mais crua).
Do que carrego no
peito, essas são as diretrizes. Só sinto orgulho e respeito por meu passado e
origem. Pela contramão do tempo, mantenho minhas raízes.
“Vô” viu um mundo
sem teto,
Pai construiu com
suor.
Na qualidade de
neto,
Luto pra não ser
menor.
Minha meta nunca foi
juntar riqueza sem fim, minha meta é que um dia pai tenha orgulho de mim e que
meus filhos aprendam a também pensar assim.
Tenho origem e raízes.
Pilar, 13/02/17
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