sexta-feira, 21 de março de 2008

Bodas de Prata

Eu não vou poder falar
Dos vinte e cinco anos de casados
Pois nasci em oitenta e sete
E além de novo sou mêi tapado

Por isso vou lhes dizer
Em forma de recital
O tiquím que eu conheço
Desse tão belo casal

Tanto ele quanto ela
São feito imã quebrada,
Que quando um tá virado
Os dois num se entendem em nada

Por isso arreparem bem
Com esse amor é louco
Hora são imã quebrada
Hora a parede e o reboco

Pra bem dizer eles dois
São feito a o pincel e a tinta
Tal qual a cera e o trapo
Sem um o outro não limpa

Pensar em um sem o outro
É coisa que não conjumina
Feito telhado sem telha
Que nem pintor sem resina

Como tiro dado sem bala
E matador sem a quem matar,
Feito coice dado no vento
E o controlador desatendo
Aos aviões do radar

Por isso sem arrudeios
Só vim aqui pra contar
Que a matriz do meu amor
Só tem duas filiá

Seu Jessé e Dona Izabel
Que vivem nessa Babel
Hora sem se entender
Mas sempre a se amar!!!


(Jessé Costa)

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