terça-feira, 19 de abril de 2011

Estaca de Sabiá



Estaca de sabiá
Que delimita o cercado
Foi esse arame farpado
Que te fez silenciá
Ou não sois familiá
Dos passarinho cantante
Que não passa um só instante
Sem um canto sibilá?

Sois feita do sabiá
Do passarinho faguêro
Desse cantadô primêro
Daqui das zôna rurá
Ou sois pau de se cercá
Terreno de hômi rico?
Pra que que serve teu bico
Pro arame ou pro cantá?

Se sois pau de se cercá
Terreno de coroné
Esse teu nome não é
Motivo pra se honrá
E afiná, se teu finá
é tomá o bem comum
eu não vejo mal nenhum
no arame te enforcá

Mas me deixe só clamá
Se tu sois assim parente
Desses sabiá valente
Que se vê pruqui prulá
Se desate a gorjeá
No bico tore esse arame
A terra livre proclame
E ganhe o mundo a voá!

João Pessoa, 19/04/2011.

Um comentário:

Manuella Epaminondas disse...

Arretado por demais uma opção que num chega nem perto do seu espaço...
na verdade é só o mi dirbuiado....


Um abraço

http://manunatureza.blogspot.com/