terça-feira, 26 de abril de 2011

O causo do Feio

O causo de um feio, narrado em versos matutos:



Ela deu mole pra ele
Só garanto pruque vi
Ela linda cá mulesta
Ele um traste, um sapoti
Ela olhanu o tempo intêro
E eu dizenu: cumpanhêro
Tá olhanu e é pra ti!

Ela deu mole cá peste
E ele feio c’o estopô
Olhava e se aguniava
Era um tal: vô ou num vô?
Relutô, pensô, tremeu
Duvidô: será pra eu?
Demorô e ôto chegô!

Ela deu mole dimai
E ele o Cão numa visage
Perdeu prum cabra mais feio
Mai que têve mai corage
Lascânu a chance de ôro
De conseguir furá côro
Sem sê cuma catrevage!

João Pessoa, 26/04/2011.

2 comentários:

Cristão da Universal disse...

Meu poeta caro amigo, muito li esse poema, mas no ultimo soneto, nada entendi.

Espero por favor, entender esse desfecho, pois quero saber, se o feio com a linda ficou.

JOÃO HENRIQUE KARAMAZOV disse...

essa me fez lembrar uam cara que vi hoje