segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Metamorfose Forçada

O reboco feminino



Tem mulher que é ardilosa
Feia que nem um sagüi
E engana de formosa
Ao seu rosto encobrir
Porém eu lhes asseguro
Que de óculos escuro
Até um abacaxi!

Já outras se pintam qual
Um muro velho é pintado
Na base de pó e cal
Tanto buraco é tapado
Que o sorriso fica duro
E “talqualmente” no muro
O feio é recauchutado!

E nem falo das trouxinhas
Daquelas mal desenhadas
Que de garra numa calça
Que não cabe nas danadas
Mergulham na vaselina
E depois de muita sina
Vão pras festas atochadas

Mas o que mais me admira
É um cabra tendo o olho
Ainda se atracar
Nos fuás nesses trambolhos
Dando de garra com elas
Como que fosse a mais belas
As rainhas do repolho!

Pois eu acho b’empregado
Esse besta se acordar
N’outro dia e na cama
Virando, quase enfartar
Ao dar de cara com a musa
Qu’ensinou a tal medusa
Como aos homens assombrar!

Eu sou doido por mulher
Mas tem coisa que é demais
Tem mulher que exagera
Na maquiagem que faz
E se metamorfoseia
Sou mais a sincera e feia
Que a linda que se desfaz!

Timbaúba, 21/02/2011.

Um comentário:

Adailza Monteiro disse...

Oi adorei o poema.Por isto peço permição para publicar alguns de seus poemas em meus espaço.
Atenciosamente
Adailza Monteiro
Cruz do Espírito Santo- Pb