quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Princesa Anne



Numa terra distante chamada de “Timbaúba de Cima”, em um reino no vale de Araruna, existe um palácio repleto de pés de acerola, goiaba, cajarana, cajú, graviola e pitanga. Num dos jardins desse palácio há também um esplêndido roseiral, com rosas de todas as cores, tamanhos e odores.

Quer dizer... nem todas as cores, nem tamanhos, nem odores. Falta-lhe ainda uma rosa... uma rosa bem especifica; uma rosa que subirá nos pés de acerola, de cajarana, de graviola, no cajueiro, na goiabeira, na pitangueira; uma rosa que vai se arranhar correndo desatenta por entre as outras roseiras do roseiral; uma rosa cheia de cor, de graça, de vida; cheia de luz... uma luz que a capaz de fazê-la cintilar e voar livre como uma bola de sabão!

E dessa forma, que essa rosa venha logo. E que chegando, que seja uma rosa bola de sabão com status de princesa ou uma princesa bola de sabão com status de rosa!

Não importante a ordem, o reino está em festa e a festa é pra ela: A Princesa Anne, a rosa mais bela!

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Princesa Anne
Lá no reino de Araruna
Em Timbaúba de Cima
No palácio do grão-rei
Uma graça se aproxima
E a corte da majestade
Vive em tal felicidade
Que não há verso qu’exprima!

Pois se aproxima a chegada
da flor de maior beleza
da rosa mais esperada
no jardim da realeza
e o bobo da corte, em festa,
grita: fulô como esta
é o auge da riqueza!

Enquanto o povo comenta
Pelas vilas do reinado
Qu’esta graça só assenta
Ser, o reino, abençoado
E por toda Timbaúba
A notícia se aduba
E este fato é louvado!

E tendo o tempo chegado
Que a luz, da corte, emane
E o reino extasiado
Olhe pra cima e exclame:
Obrigado Deus da vida
Por essa recém-nascida...
Querida princesa Anne!

E que Deus se afeiçoe
Tomado pela emoção
E que, olhando, abençoe
Sua nova criação;
Fazendo, por fantasia,
Uma nuvem de alegria
Chover bolas de sabão!

João Pessoa, 03/08/2010.

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